quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Isto ou Aquilo?


“MAS NÃO CONSEGUI ENTENDER AINDA QUAL É MELHOR: SE É ISTO OU AQUILO.” E essa é a forma que Cecília Meireles finaliza seu poema. A verdade que esse fragmento traz não é apenas a do Eu-lírico, mas de todos nós. Quantas vezes nos pegamos indecisos com as questões da vida? Muitas, não? Nunca estamos, de todo, satisfeitos. Os nossos desejos? Ah... Esses são tantos... E corremos atrás da concretização de alguns, porém outros deixamos sob o poder que o tempo exerce de forma tão evidente em nossas vidas. Quanto a nossa insatisfação, podemos atestá-la em nossos anseios. Sabe quando? Quando percebemos que aquilo que tanto desejávamos, e que acabamos conseguindo, já não possui o mesmo brilho de outrora, não nos toca como antes e nos leva a desejar outras coisas, porque aquela que temos já não nos satisfaz por já estar ‘desbotada’. É como se o ser humano fosse movido pela emoção do conseguir... Conseguir... Conseguir... E não em conservar... Conservar... Conservar... Então, é aí que se instala a indecisão de qual é o melhor... Isto que tenho? Ou aquilo que posso, quem sabe, conseguir? Em função disso nos desestruturamos de maneira incontestável. Desestruturação? Sim! Psicologicamente, espiritualmente e fisicamente. E será mesmo que vale a pena tudo isso? E o que fazemos para trazer nosso controle de volta? Bem... Será se ao menos tentamos trazê-lo de volta? Ou... Queremos apenas conseguir, ainda que desestruturados...? Reflitamos!

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