As
horas vão passando, vai ficando cada vez mais tarde e eu vejo que os barulhos
de um dia, ao cair da noite, passam a residir o meu interior. Sim, mas os ruídos
que ecoam de dentro de mim, são os pensamentos que se digladiam procurando
encontrar aquele que é o mais forte, o mais correto, o mais beneficiador, o
mais persuasivo etc. Então, eu me vejo no meio dessa guerra. Talvez, eu seja o juiz
dessa desgastante luta, embora, quase sempre, eu não saiba com quais medidas eu
realmente devo me valer ao julgar qual, de fato, será o vencedor. E durante
todo esse embate de pensamentos que se valem de lembranças do dia e da vida
para se configurarem no momento do combate, eu vou me constituindo enquanto
pessoa. Depois de cansativas reflexões, eu chego à conclusão que me assemelho a
um iceberg. Mas, por quê? Porque o iceberg se apresenta a todos que navegam
como uma pedra de gelo de pequeno porte; no entanto, poucos sabem que embaixo
daquela pequena pedra que atravessa a superfície da água em direção ao céu,
existe uma grande estrutura de gelo que embasa aquela pontinha sobre a água. Sim,
e onde está a semelhança? Pois bem, eu me apresento a muitos como apenas aquela
pontinha que perfura a superfície da água. Entretanto, há aqueles que sabem que
eu sou muito mais do que eu me apresento aos que me rodeiam, sabem que dentro
de mim existem grandes dilemas que eu não exponho tão facilmente, que existe
uma história que delineia muitas das minhas atitudes, que sou um guardador de
segredos, do mesmo modo, que sou um exímio sonhador, bem como alguém que
carrega os sonhos de tantos. E é aí que vejo o quanto carregar os sonhos
alheios que se projetam em mim é tão difícil. Não realizar sonhos próprios é
algo triste, mas ter a responsabilidade de tornar real, os sonhos alheios que
se corporificam em mim, é algo bastante desafiador, sobretudo, amedrontador.
Porque ninguém como nós mesmos para conhecer quem verdadeiramente somos. Portanto,
apenas nós sabemos quais sonhos podemos materializar ou não na categórica vida
real. Enfim, é isso... Essas linhas apenas são um desabafo de alguém que sonha
e carrega, sobretudo, os sonhos de outros tantos sonhadores em si.
quinta-feira, 13 de junho de 2013
quarta-feira, 30 de janeiro de 2013
TROFÉUS OU HUMANOS?
É quase que comum a gente ouvi as pessoas dizendo: “De quem eu gosto, não gosta de mim, mas de quem eu não gosto, está sempre atrás de mim.” Mas o que nos leva a não gostar daquelas pessoas que gostam de nós? Ou não sermos o alvo daqueles que gostamos? Na verdade, não gostamos de quem gosta de nós, e o contrário, porque não aceitamos as pessoas como elas são. Variados (pre)conceitos, berços culturais, modo de enxergar as faculdades e dificuldades do outro, influenciam nos nossos gostos de modo a fazer com que nos ‘impeçamos’ de sermos tocados pelo ser humano. De sermos amados e amar. De sermos felizes e causar felicidade. Além disso, a não aceitação da pessoa que nos ama é proveniente do fato de olharmos alguém que se ‘candidata’ a um relacionamento como algo para mostrar às outras pessoas. Como um troféu. Mas, por que troféu? Todos que ganham em alguma disputa, jogo ou afins, têm como prêmio um lindo e reluzente troféu. E aqueles que olham o pretendente como um possível ‘troféu’, de maneira (in)consciente, tem como motivo para ter aquele prêmio, simplesmente, as suas próprias características, isto é, além de exibir aos demais seu mais novo ‘troféu’, deseja salientar que o fato de estar com ele é justificado pelo seu merecimento que parte de suas qualidades, sobretudo, deixando muitos na vontade de poder ‘erguer’ aquele objeto de desejo. E por conta de tudo isso, o ser humano sofre e faz sofrer. Afinal, quase sempre as pessoas não olham com seus olhos, mas olham da forma que outros, possivelmente, olharão! Mas, a pergunta que não quer calar... Quem vai se relacionar? É você ou os outros?
quinta-feira, 10 de janeiro de 2013
Isto ou Aquilo?
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