segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Uma reflexão...

Ser refém de algo/alguém é umas das piores coisas que pode existir. Entre outros aspectos, penso que as pessoas que são vítimas de tragédias naturais, sobretudo, culturais são nada mais que reféns de um sistema, de um poder que lhe excede o controle, de uma força que facilmente as arrastam em um "cabo de guerra" injusto e que as vitimiza. Para muitos, as mortes provenientes dos fatos funestos não passam de números, pois não se tratam de nenhum dos seus; na verdade, os que sofrem são, sim, nossos irmãos, o nosso próximo, enfim, um de nós! Ah, é válido ressaltar que, hoje, as vítimas que sofrem podem ser referenciadas por "eles", mas não estamos isentos de forma alguma de, um dia, referenciarmos às vítimas com um "nós". Reflitamos sobre, ajudemos quando possível!

Onde se encontra?

Não raras vezes, percebemos que algumas pessoas parecem estar estagnadas, que já se acostumaram a uma desmedida inércia que conduz à mediocridade ou a sonhos rasteiros e sem muitas progressões. É como se elas decidissem viver dando voltas em seu mundo particular, como se estivessem dentro de uma roda gigante, a qual, ciclicamente, realiza seu dever, ao passo que o mundo fora dela avança, e segue seu curso através do tempo que, aparentemente, se mostra cada vez mais abreviado. Levando em consideração esse modo peculiar de experienciar a vida, podemos refletir sobre a maneira como as pessoas se mostram sensíveis à felicidade. Por um lado, uns parecem estar MUITO sensíveis ao "'ser' feliz", a ponto de contentar-se com o pouco que lhes são ofertado em seus giros repetidos e costumeiros; por outro lado, encontramos aqueles que parecem precisar de mais, de outras vivências, da aventura e o do frio na barriga de uma montanha russa, não somente, das voltas, sem qualquer violação de curso, de uma roda gigante. Enfim, cabe a cada um avaliar suas motivações para a vida: uns ficarão presos à roda gigante, outros procurarão caminhos que levam a diferentes mundos... Fica, então, a cargo de cada um se acostumar com aquele estilo de vida que mais lhe faz feliz.

terça-feira, 11 de agosto de 2015

O corpo sinaliza

"Escrever 'o meu corpo' me imerge em experiências vividas, em particularidades: vejo cicatrizes, sinais, manchas na pele, danos, perdas, como também aquilo que agrada. Pele branca, marcada por três gravidezes, uma esterilização, artrite progressiva, quatro operações, depósitos de cálcio, nenhuma violência, nenhum aborto, muito tempo diante de uma máquina de escrever e assim por diante."


A citação acima é de Adrienne Rich. E, hoje, se você se propusesse a escrever "o seu corpo", qual seria o conteúdo dessa escrita? Um corpo (auto)violentado, marcas de término(s) de relacionamento(s), identidade(s) mal resolvida(s), distúrbio(s) alimentar(es) na busca de uma imagem para a sociedade (na desculpa de ser para você mesmo)? Um corpo, por outro lado, com marcas de amor(es) avassalador(es), infância bem vivida, cirurgia(s) plástica(s) que lhe levantou(aram) a autoestima, tatuagens que indicam experiências ou sentimentos?


Sim, as indagações seriam muitas se eu me propusesse a fazê-las. Mas cabe a cada um fazer as suas conforme as próprias vivências. Mas, de uma coisa, todos podemos ter a certeza: O CORPO SINALIZA!


E O SEU, O QUE SINALIZA?

quarta-feira, 24 de junho de 2015

O Incontornável Abraço Final


Certa aula, um dos meus professores disse que todos os dias nos aproximamos do abraço da morte. Naquele momento, achei aquilo tão forte, mas, após pouca reflexão, percebi que a vida deixa isso claro para nós. Todos os dias ficamos mais próximos desse abraço. E essa é uma das poucas certezas que temos na vida. Portanto, acredito que devemos viver intensamente, sabe? Afinal, não sabemos quando seremos abraçados pela morte. Então, vivamos a nossa vida, realizemos os nossos sonhos, sejamos felizes na medida do possível, desfrutemos da nossa liberdade (obviamente, cuidando para não ferir a liberdade alheia), proliferemos o amor etc. Enfim, nem você e nem eu sabemos a quantos passos estamos do certo e inevitável abraço final.