quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

TROFÉUS OU HUMANOS?




É quase que comum a gente ouvi as pessoas dizendo: “De quem eu gosto, não gosta de mim, mas de quem eu não gosto, está sempre atrás de mim.” Mas o que nos leva a não gostar daquelas pessoas que gostam de nós? Ou não sermos o alvo daqueles que gostamos? Na verdade, não gostamos de quem gosta de nós, e o contrário, porque não aceitamos as pessoas como elas são. Variados (pre)conceitos, berços culturais, modo de enxergar as faculdades e dificuldades do outro, influenciam nos nossos gostos de modo a fazer com que nos ‘impeçamos’ de sermos tocados pelo ser humano. De sermos amados e amar. De sermos felizes e causar felicidade. Além disso, a não aceitação da pessoa que nos ama é proveniente do fato de olharmos alguém que se ‘candidata’ a um relacionamento como algo para mostrar às outras pessoas. Como um troféu. Mas, por que troféu? Todos que ganham em alguma disputa, jogo ou afins, têm como prêmio um lindo e reluzente troféu. E aqueles que olham o pretendente como um possível ‘troféu’, de maneira (in)consciente, tem como motivo para ter aquele prêmio, simplesmente, as suas próprias características, isto é, além de exibir aos demais seu mais novo ‘troféu’, deseja salientar que o fato de estar com ele é justificado pelo seu merecimento que parte de suas qualidades, sobretudo, deixando muitos na vontade de poder ‘erguer’ aquele objeto de desejo. E por conta de tudo isso, o ser humano sofre e faz sofrer. Afinal, quase sempre as pessoas não olham com seus olhos, mas olham da forma que outros, possivelmente, olharão! Mas, a pergunta que não quer calar... Quem vai se relacionar? É você ou os outros?

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Isto ou Aquilo?


“MAS NÃO CONSEGUI ENTENDER AINDA QUAL É MELHOR: SE É ISTO OU AQUILO.” E essa é a forma que Cecília Meireles finaliza seu poema. A verdade que esse fragmento traz não é apenas a do Eu-lírico, mas de todos nós. Quantas vezes nos pegamos indecisos com as questões da vida? Muitas, não? Nunca estamos, de todo, satisfeitos. Os nossos desejos? Ah... Esses são tantos... E corremos atrás da concretização de alguns, porém outros deixamos sob o poder que o tempo exerce de forma tão evidente em nossas vidas. Quanto a nossa insatisfação, podemos atestá-la em nossos anseios. Sabe quando? Quando percebemos que aquilo que tanto desejávamos, e que acabamos conseguindo, já não possui o mesmo brilho de outrora, não nos toca como antes e nos leva a desejar outras coisas, porque aquela que temos já não nos satisfaz por já estar ‘desbotada’. É como se o ser humano fosse movido pela emoção do conseguir... Conseguir... Conseguir... E não em conservar... Conservar... Conservar... Então, é aí que se instala a indecisão de qual é o melhor... Isto que tenho? Ou aquilo que posso, quem sabe, conseguir? Em função disso nos desestruturamos de maneira incontestável. Desestruturação? Sim! Psicologicamente, espiritualmente e fisicamente. E será mesmo que vale a pena tudo isso? E o que fazemos para trazer nosso controle de volta? Bem... Será se ao menos tentamos trazê-lo de volta? Ou... Queremos apenas conseguir, ainda que desestruturados...? Reflitamos!