terça-feira, 11 de agosto de 2015

O corpo sinaliza

"Escrever 'o meu corpo' me imerge em experiências vividas, em particularidades: vejo cicatrizes, sinais, manchas na pele, danos, perdas, como também aquilo que agrada. Pele branca, marcada por três gravidezes, uma esterilização, artrite progressiva, quatro operações, depósitos de cálcio, nenhuma violência, nenhum aborto, muito tempo diante de uma máquina de escrever e assim por diante."


A citação acima é de Adrienne Rich. E, hoje, se você se propusesse a escrever "o seu corpo", qual seria o conteúdo dessa escrita? Um corpo (auto)violentado, marcas de término(s) de relacionamento(s), identidade(s) mal resolvida(s), distúrbio(s) alimentar(es) na busca de uma imagem para a sociedade (na desculpa de ser para você mesmo)? Um corpo, por outro lado, com marcas de amor(es) avassalador(es), infância bem vivida, cirurgia(s) plástica(s) que lhe levantou(aram) a autoestima, tatuagens que indicam experiências ou sentimentos?


Sim, as indagações seriam muitas se eu me propusesse a fazê-las. Mas cabe a cada um fazer as suas conforme as próprias vivências. Mas, de uma coisa, todos podemos ter a certeza: O CORPO SINALIZA!


E O SEU, O QUE SINALIZA?